PAULUS, EPISCOPUS
VICARIUM CHRISTI
PONTIFEX MAXIMUS
SERVUS SERVORUM DEI
A todos os que lerem estas letras apostólicas, saudações e benção no Senhor!
Estamos vivenciando um tempo de festividade e alegria para nós e para toda a comunidade cristã habbiana e mundial. O Cristo ressuscitou e caminha no meio de nós, seu povo, seus discípulos, mantendo viva a eterna aliança que Deus se comprometeu em construir com Abraão e seus descendentes. Pela luz resplandecente do círio pascal, vemos o brilho que nos esperança para os próximos dias. Vivemos uma eventualidade que jamais imaginaríamos estar vivendo, principalmente por conta desta síndrome humana de achar que pode controlar a tudo e a todos. Nas palavras do pregador da Casa Pontifícia, na vida real, o Frei Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap, hoje podemos enxergar que esta sensação da onipotência do homem não passa de uma ilusão. Somos submetidos a uma força muito maior do que nós e também que possui uma medida desconhecida por nós. A esta força, que provém unicamente de Deus, não devemos nos voltar contra nem nos colocar acima dela. E esta virtude da obediência, faz-se cada vez mais necessária neste tempo. Devemos obedecer não pela obrigação enquanto filhos de Deus, mas obedecer por amor. Deste amor, nasce a esperança que acabo de falar, de que viveremos dias melhores daqui por diante, não retendo esta melhora apenas à atenuação da pandemia que vivemos, mas também ao bom exercício da fé cristã que aumenta com a vinda do Cristo ressuscitado.
Agora, utilizando-me das palavras do Santo Padre da realidade, o Papa Francisco, no domingo de Páscoa vivemos a ressurreição do mestre, aquele que guia. Neste último domingo, vemos a ressurreição do discípulo, aquele que é guiado. Em nossa caminhada como cristãos, as vezes somos colocados na posição de mestres, quando ensinamos aquele que necessita saber das sagradas escrituras. Em outros momentos, somos colocados na posição de discípulos, quando nos deixamos ser ensinados e enriquecemos a nossa fé com o auxílio de um irmão que se faz o nosso mestre. Então, nestes últimos domingos, todos nós ressuscitamos nossa fé por duas vezes. Que nesta alegria pascal, priorizemos abdicar de nossos pecados, principalmente do egoísmo e da soberba, que nos afasta do que o Cristo ressuscitado quer que nos tornemos. Deixemos a indiferença de lado, este vírus que é muito mais nocivo do que o COVID-19, pois é um vírus que não mata no corpo, mas mata a alma.
Normalmente, queridos irmãos, reúno-me em consistório para juntos montarmos projetos para o desenvolvimento da obra de Deus e cobrar de vós relatórios sobre os dicastérios da Cúria Romana. Todavia, hoje gostaria de inverter este quadro e apresentar meu relatório a vós. Ao longo destes meses de pontificado, seguimos uma linha, não só, mas incluo a todos nisso, de intercessão pelos grupos que sentem mais rejeitados, menos acolhidos na comunidade eclesial. Não somente isso, mas juntos também trabalhamos na emancipação do laicato. Nossos leigos e nossas leigas passaram a tomar a frente daquilo que os cabe, funções estas que antes eram desempenhadas por clérigos, pelo fato desta mente clericalizada que temos, onde tudo tem que ser feito por um ministro ordenado. Juntos, eu unido aos senhores, derrubamos barreiras e construímos uma Igreja mais livre, porém que não abandonou as raízes católicas. Convertemos tudo em tradição, ao assumirmos que tradição não é aquilo que é antigo, mas aquilo que a Igreja autoriza viver.
Ao longo deste período, já tivemos momentos para juntos nos alegrarmos, festejarmos, vangloriar uma vitória que Deus nos permitiu obter. Também houveram momentos de lamento, de aflição, crises, mas que com fé, trabalho, ação e oração, conseguimos superar e seguir em frente pela manutenção incorruptível do templo do Senhor. Nestes períodos das adversidades, quando nos sentimos abandonados, devemos recorrer às sagradas escrituras. Hoje vos trago um trecho do livro dos Eclesiastes, que ao meu ver, exprime muito a forma que a vida nos conduz não apenas na realidade, mas no habbo também: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz." (Ec 3, 1-8). Com este trecho, quero lhes traspassar que a Igreja vive em fases. Não cabe a nós mudarmos estas fases. Não cabe a nós contralarmos estas fases. O clero não deve ter um comandante e nunca poderá ter. Somos todos uma família, onde nela há tempo para tudo ser feito no momento certo.
Agora, meus queridos irmãos, aproxima-se um novo tempo. Eu devo vivenciá-lo, mas estando no meio de vós de uma outra forma. Em meu íntimo interior e olhando para a atual formação do Sacro Colégio de Cardeais, vejo homens capacitados para darem início ao novo tempo que deve ser iniciado de forma imediata, para o melhor desenvolvimento da Santa Igreja Romana, que é o Corpo de Cristo terreno, e para o melhor afloramento da fé daqueles que dependem deste apostolado virtual para o incentivo de sua vocação, seja ela qual for, e pela instituição do pilar da justiça neste vicariato de Cristo. Tantas são as pessoas que depositam na Igreja do habbo seus anseios pessoais, usam este jogo como refúgio de suas aflições... É difícil construir a consciência desses fatos, por razão disso ser apenas um jogo na mente de alguns. Mas fato é que o habbo tem uma função essencial para o desabrochar da fé no amor de Jesus no coração de muitos, como também foi para mim. Este é o novo fogo abençoado que emana a luz de Cristo para o renascimento da esperança dos que jogam o minecraft.
Aos amados irmãos que se entristecem com este ato, não o façam. Este é o momento que todos devem estar em plena comunhão com a Santa Mãe Igreja, rezando por ela, e também pela descida do Espírito Santo, como em pentecostes, sobre todos os cardeais eleitores da Igreja, a fim de que possam tomar a sábia e legítima decisão de elege um novo pontífice do Corpo de Cristo. Que unidos a ele, SEMPRE UNIDOS A ELE, possamos vencer todo o mal, todo o ataque que façam à Santa Sé, mantendo sempre viva esperança de que dias melhores virão, sem que as portas do inferno prevaleçam sobre a Igreja, isto é, que a santifiquemos cada dia mais, livrando-a dos demônios corruptos que tentam destruir a fé.
Não vos assustem, irmãos, é a libertação de Nosso Senhor Jesus Cristo que caminha em vossa direção para vos salvar.
Dado em Roma, junto a São Pedro, no dia 14 de janeiro do ano da graça do Senhor de 2021, primeiro de Nosso pontificado.
+ PAULUS Pp. II
Pontifex et Papam