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Livreto Celebrativo - Via Sacra II


 LIVRETO CELEBRATIVO

RITO DA VIA SACRA
MANUAL DO CORAÇÃO DE JESUS
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RITOS INICIAIS

ORAÇÃO INICIAL

antiquíssima tradição da Igreja recomenda que a Via Sacra seja celebrada às sextas-feiras, em memória da Paixão do Senhor. Preferencialmente, deve iniciar em uma capela e seguir em direção à igreja principal ou matriz.

Se for o sacerdote ou o diácono, profere a oração trinitária traçando o sinal da cruz sobre o povo:
Pres.: Em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo. 
℟.: Amém.

Pres.: O Senhor, que encaminha os nossos corações para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O presidente da Celebração pode introduzir breves palavras sobre o rito.

Pres.: Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com amor infinito, o Caminho doloroso do Calvário, e aí morrestes, num patíbulo de infâmia, dai-me a graça de Vos acompanhar e de unir as minhas lágrimas ao vosso Sangue precioso... Tenho ardente desejo de consolar o vosso Coração, tão bom e tão amargurado pelos nossos pecados, e de me associar à vossa dolorosa Paixão e Morte... Quem me dera sofrer e morrer por Vós, que sofrestes e morrestes por mim!... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos... Dignai Vos, meu querido Senhor, conceder-me as Indulgências com que o vosso Vigário enriqueceu este santo exercício, e recebei-as em satisfação dos meus pecados e em sufrágio das almas do Purgatório. – Ó Maria, Rainha dos Mártires, dai-me o amor e o sofrimento com que acompanhastes ao Calvário o vosso inocentíssimo Filho... Amém.

Após a isto, pode-se iniciar a procissão. O Cruciférario, juntamente das velas saem na frente, logo atrás vem o povo e por fim o celebrante.

VIA SACRA

PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte por Pilatos

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus é julgado, acusado falsamente, caluniado, abandonado pelos seus amigos e injustamente condenado à morte.

Leitor: Jesus está diante de Pilatos... A que estado O reduziram!... A cabeça coroada de espinhos...; a face banhada em sangue...; todo o corpo lacerado...; os ombros cobertos com um pedaço de púrpura...; as mãos atadas... Inspira compaixão o amabilíssimo Jesus!... Todavia Pilatos, para agradar aos ingratos Judeus, condena à morte o inocente Filho de Deus... Jesus ouve com serenidade a sentença e aceita resignado a morte para salvação dos pecadores... Ó Jesus, eu merecia a morte eterna no inferno; e Vós, o Deus de vida, quisestes morrer para me salvar!... Seja bendita a vossa Bondade infinita!... Dai-me a graça de viver e morrer no vosso santo amor... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Guardaste silêncio. Ó Jesus silencioso, ensina-nos a calar e a guardar silêncio, inclusive no sofrimento!

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

A MORRER CRUCIFICADO, TEU JESUS É CONDENADO
POR TEUS CRIMES, PECADOR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus carrega a Sua Cruz

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus carrega a cruz. Com grande amor a abraça. Nela, expiará nossos pecados. Ele pensa em nós e caminha rumo ao calvário.

Leitor: Jesus é despido do manto de púrpura, e coberto de seus vestidos, para que todos O reconheçam e insultem... Apresentam-lhe a Cruz... O Salvador estende os braços e, num transporte de ternura, aperta-a ao Coração... e banha-a de lágrimas... E, pondo-a aos ombros chagados, encaminha-se para o Calvário... “Onde ides, meu bom Jesus:” – “Vou morrer por ti: depois da minha morte, lembra-te de mim e ama-me!” Ó Jesus, essa Cruz era-me devida a mim, que sou pecador, e não a Vós que sois inocente... Mas o inocente quis pagar pelo pecador... Sede sempre bendito, ó Senhor! Abraço, por vosso amor, todos os desprezos e contrariedades da vida... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, ensina-nos a compreender tuas palavras: "Se alguém quiser me seguir, tome sua cruz e siga-me".

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

COM A CRUZ É CARREGADO, E DO PESO ACABRUNHADO,
VAI MORRER POR TEU AMOR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus não aguenta mais, suas forças diminuem e Ele cai pela primeira vez.

Leitor: O Filho de Deus sai do pretório, oprimido pelo peso da Cruz... Está cheio de amor, mas exausto de forças!... Tem derramado tanto sangue! Depois de alguns passos, obscurecem-se-lhe os olhos, verga sob a Cruz e cai por terra, penetrando mais e mais os espinhos na sua delicada Cabeça” ... Avalia o seu martírio!... Os algozes enfurecem-se e , com blasfêmias e golpes, ultrajam e ferem o Cordeiro divino... Ó Jesus, Vós caístes sob o peso da Cruz, porque eu me precipitei num abismo de iniquidades... Estendei-me a vossa mão, para que me levante e, auxiliado pela vossa graça, percorra confiadamente o caminho da virtude e da santidade... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, dá-nos forças para levantar-nos das minhas quedas. Anima meus desânimos.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

PELA CRUZ TÃO OPRIMIDO, CAI JESUS DESFALECIDO,
PELA TUA SALVAÇÃO (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

QUARTA ESTAÇÃO
Jesus encontra a Sua Santa Mãe

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus encontra sua Mãe. A dor de ver sua Mãe sofrendo lhe abre mais feridas no coração. No entanto, ao mesmo tempo, ver o olhar amoroso de Maria o consola.

Leitor: Que encontro doloroso! Que olhares de desolação! Maria vê seu Filho desfalecido e desfigurado e não lhe pode valer... Jesus vê sua santa Mãe aflita e desolada, e não a pode consolar... Não falam com os lábios, falam com os corações: “Minha Mãe, minha pobre Mãe!” – “Meu filho, meu querido Jesus!” E estas palavras traduzem um oceano de afetos e de dores... Duas vítimas inocentes, unidas pelo mesmo sacrifício... Ó Jesus, ó Maria!... Eu, com os meus pecados, fui a causa dos vossos tormentos!... E Vós amastes tanto a minha pobre alma... – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos. – Ó Maria, eu Vos consagro a minha alma e o meu corpo. Amparai-me, defendei-me sempre, mas, sobretudo na hora da minha morte.

Pres.: Oremos.
Maria, que vencendo todo respeito humano foste capaz de consolar teu Filho no caminho do calvário, ajuda-nos a experimentar teu olhar nas minhas dificuldades e aflições.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

DE MARIA LACRIMOSA, NO ENCONTRO LASTIMOSA,
VÊ A IMENSA COMPAIXÃO (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

QUINTA ESTAÇÃO
Jesus recebe socorro de Simão Cirineu para carregar a Cruz

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz.

Leitor: Jesus está fraco e tão abatido, que, a todo o momento, parece morrer... E é o Senhor do Paraíso, que rege e governa todas as criaturas!... Os judeus, temendo que a vítima lhes faleça no caminho e não possa chegar ao lugar da infâmia, obrigam Simão Cireneu a levar a Cruz do Redentor... Ó Jesus, Vós sustentais, com um ato da vossa onipotência, o céu e a terra, e precisais de amparo?!... Ó meu bom Deus, a que estado Vos reduziu o vosso amor pela minha alma!... Nunca esquecerei tamanha misericórdia... Pelos merecimentos desta vossa fraqueza, ajudai-me a levar a cruz, que mereço e abraço na qualidade de cristão e de pecador... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, assim como Simão te ajudou a carregar a cruz, ajuda-nos nas minhas fraquezas e dificuldades.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

EM EXTREMO DESMAIADO, TEVE AUXÍLIO TÃO CANSADO
RECEBEU O CIRINEU (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

SEXTA ESTAÇÃO
Veronica enxuga a Face de Jesus

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O rosto desfigurado de Jesus comove o coração de uma mulher e, com um lenço, ela o enxuga cuidadosamente.

Leitor: Jesus perdeu toda a sua beleza, – Jesus, o mais belo entre todos os filhos dos homens!... Já se não conhece!... A sua face está toda ferida e banhada em lágrimas e sangue!... Uma piedosa mulher, vencendo os respeitos humanos, aproxima-se de Jesus e limpa-lhe, com um véu, a Face adorável... O Salvador, sempre bom e grato, deixa impressa naquele véu a sua Imagem. Ó Jesus! Quão feliz foi a Verônica, que Vos limpar a Face desfigurada!... Também eu posso receber esse prêmio... Hoje que os ímpios e os ingratos Vos insultam e blasfemam, dai-me a graça de reparar esses ultrajes e, depois, gravai na minha alma a vossa Face divina... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, grava tua imagem em nosso coração, e que eu sempre me lembre dela.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

SEU ROSTO ENSANGUENTADO, POR VERÔNICA É ENXUGADO
EIS, NO PANO APARECEU (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

SÉTIMA ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus, sob o peso da cruz, cai pela segunda vez.

Leitor: O coração de Jesus está pronto a sofrer e a morrer, mas a sua Santíssima Humanidade desfalece!... Caminha com passo trêmulo, incerto, vacilante... O sangue que lhe desfigura a Face, turva-lhe o olhar...; e cai por terra... pela segunda vez... A violência da queda reabre todas as feridas do seu corpo..., os espinhos rasgam ainda mais aquela delicada cabeça!... Os algozes levantam o manso Cordeiro, arrastando-O e ferindo-O!... Ó Jesus! As minhas repetidas culpas causaram a vossa nova queda... Se eu não tivesse cometido tantos e tão graves pecados, seria menos intenso o vosso sofrimento!... Perdoai-me tamanha ingratidão, pela vossa infinita misericórdia. Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, que não te cansem nossas constantes quedas!

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

OUTRA VEZ DESFALECIDO, PELAS DORES ABATIDO
CAI POR TERRA O SALVADOR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)


OITAVA ESTAÇÃO
Jesus fala às mulheres de Jerusalém

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O Senhor aceita a vã compaixão das filhas de Jerusalém.

Leitor: Jesus é sempre bom e generoso!... Umas piedosas mulheres, vendo-O todo ensanguentado e vacilante sob o peso da Cruz, choram e compadecem-se dele!... Jesus, esquecido dos seus sofrimentos, consola-as e instrui-as, dizendo-lhes que chorem sobretudo os próprios pecados dos homens, que são a causa dos martírios de um Deus e da perdição de tantas almas... Ó Jesus, dai-me lágrimas, lágrimas de arrependimento, para que eu chore sempre os meus pecados e os vossos martírios, e assim desagrave o vosso Coração aflitíssimo!... E depois, quando eu agonizar no leito da morte, ah! Vinde consolar e receber a minha pobre alma... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, ajuda-nos a aprender que carregar tua cruz é muito mais que todas as honras da terra.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

DAS MULHERES PIEDOSAS, DE SIÃO FILHAS CHOROSAS
É JESUS CONSOLADOR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

NONA ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus cai pela terceira vez

Leitor: Jesus, desfalecido e exausto, cai de novo por terra, e novamente fere nas pedras a fronte coroada de espinhos... Um Deus por terra!... Mas, à vista do Calvário, reanima-se e levanta-se... O amor dá-lhe novas forças!... É tão ardente o seu desejo de morrer pelos homens, ainda que pecadores e ingratos!... Oh! Só um Deus pode amar assim! Ó Jesus! São tantos e tão graves os meus pecados, que, para os expiar, quase não basta uma só queda de um Deus!... É necessário que muitas e muitas vezes humilheis até à terra a vossa divina Face... Oh! Dai-me a vossa graça, para que deteste os meus pecados e Vos siga no caminho das humilhações e dos sofrimentos... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, que nós não percamos a esperança quando experimentarmos a tua cruz nas nossas vidas.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

CAI TERCEIRA VEZ PROSTRADO, PELO PESO REDOBRADO
DOS PECADOS E DA CRUZ (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

DÉCIMA ESTAÇÃO
Jesus é despojado de Suas vestes

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O Senhor é despojado das suas vestimentas.

Leitor: Eis o Calvário!... Os algozes arrancam a Jesus a túnica, colada ao seu Corpo lacerado... Abrem-se de novo as feridas...; rebenta mais sangue... Não satisfeitos, amarguram com fel a boca dulcíssima do Redentor... Jesus tudo sofre, com paciência e amor, e oferece todos os seus tormentos ao divino Pai, para a salvação dos pobres pecadores... Ó Jesus, eu me compadeço dos tormentos que sofreis por mim!... Como hei de agradecer-Vos tamanha bondade?... Completai, Senhor, a vossa misericórdia. Despi-me dos meus vícios e paixões...; vesti-me de humildade, de pureza e de caridade...; e tornai-me amargos os prazeres da vida e doces as mortificações e os sofrimentos... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, despojado de tudo, por amor a nós, ajuda-nos a desprender-nos, por amor a ti, de todas as criaturas, para que Tu sejas nosso único tesouro.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

DOS VESTIDOS DESPOJADO, POR ALGUNS MALTRATADO
EU VOS VEJO MEU JESUS (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é pregado na Cruz

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus é crucificado.

Leitor: A uma ordem dos algozes, o Salvador estende sobre a Cruz o seu Corpo lacerado e, levantando os olhos ao céu, apresenta as mãos e pés, para serem traspassados pelos cravos... Aos golpes repetidos do martelo, rasga- se a pele, dilacera-se a carne, rompem-se as veias... O doce Jesus sofre um martírio imenso...; mas não se queixa...; pede, adora e ama!... Ó Jesus, dissestes um dia que, pregado no madeiro, teríeis atraído a Vós todos os corações... Atraí o meu coração com a força suave e irresistível do vosso amor; pregai-o na vossa Cruz bendita, para que nunca mais se afaste de Vós... Está-se tão bem aos vossos pés!... Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, que carregaste a cruz sem reclamar, concede-nos jamais queixar-nos por coisas inúteis, nem de ninguém, nem interiormente.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

SOIS POR MIM NA CRUZ PREGADO, INSULTADO, BLASFEMADO
COM CEGUEIRA E COM FUROR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus morre na Cruz

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O Senhor morre na Cruz.

Leitor: Pobre Jesus! Quanto sofre!... Está pendente de três cravos!... Não encontra o menor alívio!... Todos concorrem para O atormentar... E Ele pensa em todos... Pensa na Mãe, e dá-lhe João por amparo... Pensa em nós, e dá-nos Maria por Mãe... Como Jesus é bom!... Mas Ele morre... Inclina a cabeça..., solta o último suspiro... Morreu... Um Deus morreu por mim!... Deixai-me, ó Jesus, abraçar-me aos vossos pés ensanguentados; e deixai-me viver e morrer aqui!... Ah! É justo que a criatura viva e morra pelo seu bom Deus, que viveu e morreu pela sua miserável criatura! – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.

Pres.: Oremos.
Jesus, que carregaste a cruz sem reclamar, concede-nos jamais queixar-nos por coisas inúteis, nem de ninguém, nem interiormente.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

SOIS POR MIM NA CRUZ PREGADO, INSULTADO, BLASFEMADO
COM CEGUEIRA E COM FUROR (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus é descido da Cruz

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: O corpo de Jesus é tirado da cruz e recebido por Maria.

Leitor: Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e O envolveram em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar (Jo 19, 38-40).

A Providência traça com perfeição as linhas da História. José de Arimatéia, além de ser nobre, era muito relacionado com Poncio Pilatos, reunindo, portanto, as condições favoráveis para dele obter a autorização necessária para que Jesus não fosse enterrado como um condenado qualquer, mas sim como uma pessoa ilustre. Quem, a não ser José, teria coragem de se apresentar ao governador romano para lhe pedir o corpo de um crucificado? Por isso, a respeito dele comenta S. João Crisóstomo: “Veja-se o valor deste homem; põe-se em perigo de morte, atraindo sobre si as inimizades de todos, por seu afeto a Jesus Cristo...”

Que graça insígne destes a este José! A de poder descer da cruz, com o auxílio de Nicodemos, o Divino Corpo, vítima de valor infinito, e de sepultá-Lo.

Ó Sagrado Corpo de Jesus, vendo-Vos assim sem vida, sinto meu coração gemer. Essas mãos que deram ordens aos mares e às tempestades, expulsaram os vendilhões do Templo e fizeram o bem por todo Israel, já não se articulam. Os Vossos pés, que caminharam sobre as águas e trilharam todos os caminhos em busca dos necessitados, não se movem. A Vossa voz, que fazia estremecer os fariseus, mas perdoava com doçura os pecadores arrependidos, já não se faz ouvir. Uma só chaga Vos cobre de alto a baixo.

Ó Virgem Dolorosa, eu Vos imploro a insigne graça de manter diante de mim, pelo resto da minha vida, essa terrível imagem da gravidade do pecado. Perdão, minha Mãe, perdão! E ajudai-me a nunca mais pecar!

Pres.: Oremos.
Jesus, que nós possamos estar nos braços de Maria nos momentos mais difíceis das nossas vidas, e experimentarmos a proteção amorosa da tua santa Mãe.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

DO MADEIRA VOS TIRARAM, E À MÃE VOS ENTREGARAM
COM QUE DOR E COMPAIXÃO (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO
Jesus é sepultado

℣.: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
℟.: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

℣.: Jesus é depositado no sepulcro.

Leitor: Jesus está encerrado no sepulcro... A sua aniquilação não poderia ser mais completa... É o Deus da vida, mas aqui não vive... Contempla-O pela última vez... A sua fronte está rasgada pelos espinhos; os olhos, fechados; os lábios, mudos; as mãos e os pés, traspassados; o Coração, ah! O Coração, que tanto amou e sofreu, já não bate!... Jesus, o bom Jesus, está morto e sepultado!... Ó Jesus, adoro-Vos no santo sepulcro! Eis o que ganhastes com o vosso amor excessivo por mim, ingratíssimo pecador!... Seja sempre bendita a vossa misericórdia!... Dai-me a graça de me esconder do mundo e de viver no vosso Coração dulcíssimo... Ali encontrarei a paz, a felicidade, o Paraíso. – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração...; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.

Pres.: Oremos.
Maria, nossa Mãe, assim como João te fez companhia como um filho após a morte de Jesus, que nós possamos sempre estar contigo, com os mesmos sentimentos do discípulo amado de Jesus.

Após um breve momento de silêncio, se for oportuno, inicia-se o canto.

NOS SEPULCRO VOS DEIXARAM, SEPULTADO VOS CHORARAM
MAGOADO CORAÇÃO (BIS)
PELA VIRGEM DOLOROSA VOSSA MÃE TÃO PIEDOSA
PERDOAI-ME MEU JESUS (BIS)

RITOS FINAIS

ORAÇÃO FINAL

Esta oração seja feita dentro da Igreja ou em algum local aos arredores da última estação.
Pres.:  Ó Jesus! Seja sempre bendito o vosso Coração amantíssimo...! Ó meu Deus, quem teria sido capaz de dar uma só gota de sangue por mim? ... E Vós o destes todo... até à última gota... para salvar a minha alma!... Todavia, quantas vezes, para agradar às criatura, Vos tenho desprezado, meu sumo Bem!... Oh! Perdoai-me, pelo vosso sangue precioso!... Quero, para o futuro, amar-Vos de todo o meu coração... e cumprir fielmente a vossa santíssima vontade... Amparai-me sempre com a vossa graça... Concedei-me que o meu último alimento seja o vosso Corpo adorável; que a minha última palavra seja o vosso Nome bendito; que o meu último suspiro seja um suspiro de amor e de arrependimento... Ó Jesus, pela desolação imensa que sofrestes no Calvário, especialmente quando a vossa Alma se separou do vosso Corpo divino, tende piedade da minha alma, depois de Vos ter seguido nas breves tribulações da vida, segui-Vos-ei na felicidade eterna do Paraíso...
℟.: Amém.

BÊNÇÃO FINAL
(Oração sobre o Povo)

Em seguida, faz-se a despedida. O sacerdote, voltado para o povo, abre os braços e diz:
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.

Pres.: Ó Deus, derramai benigno o espírito de arrependimento, para que mereçam alcançar por vossa misericórdia os prêmios prometidos aos penitentes. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho  e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.
℟.: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
℣.: Ide em paz.
℟.: Graças a Deus.