Basílica Vaticana
1. Antes da missa fúnebre, o corpo do falecido Pontífice é colocado em um baú de madeira de cipreste. É encerrado na presença do Cardeal Camerlengo, dos Cardeais Chefes da Ordem, do Cardeal Arcipreste da Basílica Vaticana, do Cardeal Secretário de Estado, do Cardeal Vigário para a Diocese de Roma, do Substituto da Secretaria de Estado, o Prefeito da Casa Pontifícia, o Esmoler do Sumo Pontífice, o Vice Camerlengo, uma representação dos Cônegos da Basílica de São Pedro, o Secretário do Sumo Pontífice, vestido de coro, e os familiares do falecido.
2. O Cardeal Camerlengo introduz o rito de fechar o caixão com estas palavras:
Pres: Queridos irmãos e irmãs, estamos aqui reunidos para realizar alguns atos de misericórdia humana, antes da missa fúnebre do Romano Pontífice João Paulo. Depois de colocar o seu corpo mortal no caixão, leremos a escritura, que recorda a vida e as obras mais importantes do defunto Pontífice, pelas quais damos graças a Deus. Cobriremos o seu rosto com respeito e veneração, na viva esperança de que possa contemplar o rosto do Pai, juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e todos os santos.
3. O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice lê o rógito, cujas cópias serão assinadas pelos presentes.
Na luz de Cristo ressuscitado dos mortos, a 23 de Janeiro do ano do Senhor de 2025, às 20:30 horas da noite, quando a quinta-feira chegava ao fim, II Semana do Tempo Comum, o amado Pastor da Igreja, João Paulo VI, passou deste mundo para o Pai. Toda a Igreja reunida em audiência acompanhou o seu trânsito.
João Paulo VI foi 37º Papa. A Sua memória permanece no coração da Igreja e da humanidade inteira.
Marco Antônio Martins, eleito Papa a 24 de Abril de 2023, nasceu em Mariana, a 22 de Outubro de 1930 e foi baptizado a 14 de Novembro de 1930.
Aos dez anos recebeu a Primeira Comunhão e aos quinze o sacramento da Confirmação. Desde cedo houve o chamado ao sacerdócio, ingressando no Seminário São Pio X aos dezesseis anos de idade. Recebeu a Ordenação Sacerdotal a 11 de Abril de 2021. Foi condecorado Monsenhor da Santa Igreja aos 27 dias do mês de Julho de 2021.
Nomeado Bispo auxiliar de São João del Creeper a 23 de Agosto de 2021. Criado Cardeal da Igreja Romana a 04 de Julho de 2022. Foi Arcebispo de São João del Creeper de Janeiro a 02 de Dezembro de 2022, sendo transferido para a Arquidiocese de Mariana onde permaneceu o restante do ministério.
No Conclave foi eleito Papa pelos Cardeais a 24 de Abril de 2023 e assumiu o nome de João Paulo VI. A 01 de Maio, iniciou solenemente o seu ministério Petrino.
O pontificado de João Paulo VI foi marcado por uma grande melhora dentro da Igreja, já consolidada por seus predecessores, no início de seu ministério apostólico tomou a iniciativa de organizar as circunscrições eclesiásticas, bem como os organismo da Cúria Romana.
Durante seu Pontificado foram criados 3 Cardeais, nomeados 12 Bispos. Entre os documentos principais contam-se 3 Constituições Apostólicas, 4 Cartas Apostólicas em forma de Motu Proprio, como também diversas bulas e demais cartas, Foi responsável pela criação da Arquidiocese Metropolitana de São Paulo.
Podemos citar entre as Contituições Apostólicas, a "Nova Temporibus" e "Servus Dei". De cartas a “Sequimini Et Servite’’ sobre o mês vocacional.
Durante seu pontificado convocou com grande relutância o ano jubilar em ocasião dos 5 anos da comunidade através da Carta Apostólica "Spes quae renovat", jubileu este que coloca como tema central a "esperança que renova" e que visa fortalecer todos no ministério e no ardor missionário, na carta supracitada ordenou a abertura das portas santas das basílicas papais e das Igrejas Catedrais de todo o mundo. Assim o fez, abrindo a porta da Basílica de São Pedro na Missa do Galo, 23 de Dezembro de 2024, no dia seguinte abriu a Porta Santa de sua Catedral em Roma, no dia 1 de Janeiro a Porta de Santa Maria Maior e por fim no dia 02 de Janeiro na Basílica de São Paulo fora dos muros.
Foi responsável também pela reforma no processo formativo dos seminários, através da Constituição Apostólica "Nova Temporibus" proporcionando uma realidade mais didática e atenciosa nas formações.
No que diz respeito de seus predecessores, João Paulo VI concedeu através da Constituição Apostólica "Servus Dei" o epiteto de Magno ao Papa Leão III ao qual teve grande contato durante seu ministério enquanto presbítero. epíscopo e cardeal.
Ainda, foi responsável pela promulgação do Código de Direito Canônico através da Decretal Pontifícia "Romanum Pontifex" concluindo o trabalho de seu predecessor Bento VII acerca da realidade legislativa do apostolado.
Também regulamentou a situação hierárquica dos monsenhores da Santa Igreja, através da Carta Apostólica em forma de motu proprio "Viri Honorati" onde espeficiou a situação hierárquica dos monsenhores, incluindo privilégios e direitos.
Na Doutrina da Fé abriu a Pontifícia Comissão Bíblica pelo motu proprio "Verbum Domini Splendens" e a Comissão Teológica Internacional através do motu proprio "Veritatis Servitores".
No Brasil, realizou diversas visitas apostólicas onde em algumas circunscrições concedeu a Rosa de Ouro, além disso foi responsável pela criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil através do motu proprio "Episcopalis Collaboratio", e da criação da Arquidiocese Metropolitana de São Paulo.
Como "sacerdos magnus" exerceu o ministério litúrgico na Diocese de Roma e em todo o mundo, em plena fidelidade com a Igreja. Promoveu de maneira exemplar a vida e a espiritualidade litúrgica e a oração contemplativa, especialmente a adoração eucarística e a oração do Santo Rosário.
O magistério doutrinal de João Paulo VI é muito rico. Guarda do depósito da fé, ele dedicou-se com sabedoria e coragem à promoção da doutrina católica, teológica, moral e espiritual, e a contrastar durante todo o seu Pontificado tendências contrárias à genuína tradição da Igreja.
João Paulo VI deixou a todos um testemunho admirável de piedade, de vida santa e de paternidade universal.
As testemunhas das celebrações e da inumação.
4. O Cardeal Camerlengo convida os presentes à oração dizendo:
Pres: Oremos.
7. O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e o Secretário do Sumo Pontífice estenderam o véu de seda branca sobre o rosto do defunt0. Em seguida, o Cardeal Camerlengo asperge seu corpo com água benta.
8. O Mestre coloca no caixão o saco com as medalhas cunhadas durante o Pontificado do Pontífice defunto e o tubo com o rógito, depois de o ter selado com o selo do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.
9. Enquanto o caixão está sendo fechado, o Salmo 41 (42) é cantado.
SALMO 41 (42), 2-6
Como a corça anseia por águas correntes, assim minha alma anseia por ti, ó Deus. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando virei e verei a face de Deus? As lágrimas são o meu pão dia e noite, enquanto sempre me perguntam: Onde está o teu Deus? Isso eu me lembro, e meu coração dói: Â no meio da multidão eu avancei entre os primeiros para a casa de Deus, em meio a alegres canções de uma multidão alegre. Por que choras, ó minha alma, por que gemes por mim? Espera em Deus: ainda poderei louvá-lo, ele, salvação da minha face e meu Deus.
Pres: Glória ao Pai, ao filho e ao Espírito Santo.
Ass: Como era no princípio agora e sempre, Amém.
O Cardeal então encerra o rito:
Pres: A sua alma e as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.
10. Todos se retiram em silêncio.