Nesta noite, vinte e três (23) de janeiro de dois mil e vinte e cinco, os Eminentíssimos Cardeais, junto ao Mestre de Cerimônias Pontifícias e ao Prefeito da Casa Pontifícia, foram convocados para uma presença urgente no Palácio Apostólico para informações sem nenhum conhecimento sobre.
Ao entrar no Palácio, o Prefeito da Casa Pontifícia realizou uma reunião para tratar sobre a então situação do Romano Pontífice, que no último dia quinze (15) apresentou dores constantes na região do peito, após seu retorno do Brasil para Roma. O caso foi passado para o coordenador da Policlínica Gemelli que abriu o protocolo e acompanhou o decorrer do caso.
Após a abertura do protocolo, e dos primeiros cuidados ao Santo Padre a equipe médica viu a necessidade de uma cirurgia, após o diagnóstico de uma embolia pulmonar avançada, uma condição médica séria caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos nos pulmões, comprometendo de forma alarmante a capacidade respiratória e circulatória. Imediatamente toda a Igreja foi convocada a rezar pelo pontífice enfermo, e no mesmo dia os fiéis se reuniram na praça da Basílica de São Pedro para rezar a Via Sacra em intenção pela saúde do Santo Padre.
A cirurgia obteve resultados satisfatórios, entretanto o Santo Padre não demostrou recuperação pós-cirúrgica levando-o ao procedimento de intubação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Não correspondendo com o tratamento e nem demostrando melhoras significativas o Cardeal Eduardo Taras concedeu no dia dezenove (19) a extrema unção ao Papa, na mesma oportunidade o Santo Padre ressaltou para que todos os fiéis rezassem por ele.
O Pontífice não demostrou qualquer avanço significativo, mas manteve-se em constante observação. Infelizmente não demonstrando qualquer reação aos tratamentos o Santo Padre se submeteu ao estado paliativo o que acarretou em seu retorno ao Palácio Apostólico para um tratamento voltado ao conforto e ao repouso.
Desta maneira, o Prefeito da Casa Pontifícia, que na decorrente situação estava acompanhando o tratamento conversou com Papa e escutou as suas últimas palavras sussurradas: “deixem-me ir para a casa do Senhor”. Após outro agravamento presenciado, por volta das 19h00 o médico do Palácio Apostólico, responsável pelo Santo Padre apresentou um laudo oficial constatando que não havia nenhuma solução médica e que não era possível saber o que ocorreria nas próximas horas recomendando que o Santo Padre continuasse em repouso. Às 20h30, o Romano Pontífice deu início à agonia final, e suspirando, encerrou sua peregrinação terrena rumo à eterna Jerusalém.
Com pesar e abalo, a morte foi constatada e oficializada após o ritual de confirmação, presidida pelo Camerlengo da Câmara Apostólica, logo após foram abertos os protocolos necessários, nas presenças dos Cardeais, do Prefeito da Casa Pontifícia e do Mestre de Cerimônias Pontifícias, o anel do pescador foi quebrado e finalizou-se os procedimentos exigidos na ocasião, dando por bem consumar por inteiro o término do pontificado de João Paulo VI.
Deste modo, e em conformidade com a Constituição Apostólica Universi Domici Gregis, do Santo Padre Leão III, Magno e diante dos recentes acontecimentos DECLARO a consumação do pontificado de João Paulo VI e de igual forma o início do tempo de Sede Vacante.
Toda a Igreja é CONVOCADA a se unir em oração pela alma do falecido pontífice, e de igual modo rezar pela Igreja de Cristo afim de que Ele conceda um novo Pastor para assentar-se no trono de São Pedro
Com brevidade serão divulgados os horários dedicados ao funeral, de modo que se possam rezar e despedir-se da pessoa de fé, enquanto caminhou nessas terras, e dentro do pastoreio no Apostolado.
Despeço-me confiando às vossas preces e invocando as mais copiosas bênçãos de Deus e a proteção da Virgem Santíssima.
Dado e passado em Roma, na Sé Vacante aos vinte e três dias do mês de janeiro do ano jubilar de dois mil e vinte e cinco.