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Livreto Celebrativo - Santo Terço dos Mistérios Gozosos e Consagração do Mundo ao Imaculado Coração

RITOS  INICIAIS 

Reunido  o povo, o presidente e os ministros  encaminham-se  para o altar  enquanto se executa o CÂNTICO DE ENTRADA. 

Chegando ao altar, o presidente faz a vénia e  dirige-se à presidência, onde inicia:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 

O povo responde:

 Amen. 

Depois, o presidente, abrindo os braços, saúda o povo, dizendo: 

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco. 

O povo responde: 

Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Aqui entoa-se um Cântico de Interiorização. 

Aqui um ministro destacado dirige-se ao ambão e lê:

Na sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, S. João Paulo II afirma que a oração do Rosário é uma oportunidade para  “deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do Seu amor”. 

Com efeito, continua o Pontífice, “recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”. Neste I ciclo da Consagração da Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, queremos que o Santo Rosário seja também uma oportunidade para contemplarmos o Deus Santo, que nos santifica em Cristo. 

Para isso, é fundamental deixarmos que a contemplação dos mistérios de Cristo alcance o nosso coração e interpele a nossa vida concreta, despertando desejos de verdadeira santidade. 

Peçamos, pois, à Virgem Maria, o que insistentemente lhe pedia Santo Inácio: que nos ponha com o Seu Filho, para que, por sua intercessão, possamos ser santos como o nosso Pai Celeste é santo  [Mt 5,48]. 


MISTÉRIOS GOZOSOS 

1.º Mistério: a Anunciação do Anjo a Maria 

Do Evangelho de S. Lucas [1,26-27.30-31.38] 

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. (…) O anjo disse-lhe: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”. E Maria respondeu: “Eis aqui a Escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. 

Chegada a plenitude dos tempos, Deus estabeleceu com a humanidade um novo diálogo de amor. Fê-lo de maneira discreta, preparando o coração de uma jovem de Nazaré para dar o SIM mais livre de toda a história humana; mais livre e mais comprometido. 

A Anunciação é uma oportunidade para contemplar o Deus Santo, que é discrição e fecundidade: é o Deus que potencia a liberdade e faz nascer a vida no mais íntimo de nós. Basta que digamos SIM. 

Quantas “anunciações” na vida dos pastorinhos e na nossa! Quantas oportunidades de dizer FIAT, “faça-se”, abertos e disponíveis para acolher a Vida Verdadeira que Deus nos quer dar! 

Que “anjos” tem posto Deus no meu caminho? Que “SIM” tenho agora de dar ao Senhor?

(breve silêncio

Oração: Deus de Infinita Bondade, que capacitaste Maria para Te responder em plena liberdade, concede-nos a graça de ouvir a Tua voz e de cumprir fielmente a Tua vontade. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. ÁMEN.

1x Pai Nosso 

10x Avé Maria

2.º Mistério: a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel 

Do Evangelho de S. Lucas [1,39-42] 

Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (…) E disse-lhe: “Feliz de ti, porque acreditaste que havia de cumprir-se o que o Senhor te disse!”. 

Maria sai ao encontro da sua prima, apressadamente, pelos caminhos montanhosos da Judeia. Cheia de graça, quer brindar com sua prima ao Deus da Vida e celebrar com ela a alegria de acreditar num Deus para quem nada é impossível. 

A Visitação é uma oportunidade para contemplarmos o Deus Santo, que cumpre o que promete e cuja Palavra não volta atrás (Is 55,11): é o Deus do Amor Fiel, comprometido com a vida de cada um. 

Quantas “visitações” na nossa vida! Quantos encontros, quantas oportunidades para experimentar a verdadeira felicidade de estar nas mãos de um Deus que é Todo-Poderoso no Amor! 

Que promessas me faz Deus? Acredito e confio-me a Ele? Ou duvido?

(breve silêncio

Oração: Deus Fiel, que concedeste a Maria a graça de acreditar plenamente na Tua Palavra, aumenta a nossa fé e o nosso desejo de partilharmos com outros a alegria de acreditarmos em Ti. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. ÁMEN.

1x Pai Nosso 

10x Avé Maria


3.º Mistério: o Nascimento de Jesus em Belém 

Do Evangelho de S. Lucas [2, 6-7] 

Quando se encontravam [em Belém], completaram-se os dias de [Maria] dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. 

O Filho de Deus nasce em suma pobreza: em circunstâncias inesperadas, sem lugar, sem comodidades! À pobreza de Deus, Maria responde com a sua: oferece o melhor de si, envolvendo e recostando a fragilidade do Deus Menino, para que não Lhe falte o mais importante – o Amor. 

O Nascimento de Jesus é uma oportunidade para contemplarmos o Deus Santo, que Se entrega na debilidade: é o Deus Pobre, que desperta sempre o melhor que há em nós. 

Quanta fragilidade, quanta impotência na nossa vida e na dos que estão à nossa volta! Quantas ocasiões para, como Maria, oferecermos o que temos e nos centrarmos no Amor! 

Como vivo as incomodidades e impotências da vida? Percebo-as como ocasião para dar o melhor de mim?

(breve silêncio

Oração: Deus de Infinita Sabedoria, que quiseste vir ao mundo em suma pobreza, ensina-nos a acolhermos a nossa fragilidade e a defendermos com ternura qualquer vida ameaçada. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. ÁMEN.

1x Pai Nosso 

10x Avé Maria


4.º Mistério: a Apresentação de Jesus no Templo 

Do Evangelho de S. Lucas [2, 22-23.25] 

Quando se cumpriu o tempo da purificação, segundo a Lei de Moisés, [Maria e José] levaram Jesus a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor (…). 

Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Filho de Deus sujeitou-se à Lei e aos seus preceitos! Na vida da Sagrada Família o respeito pela Lei nasce da certeza de que é Deus o seu Fundamento. 

Por isso, o cumprimento rotineiro do estabelecido, do aparentemente imutável, torna-se também lugar de revelação de Deus. A Apresentação de Jesus no Templo é uma oportunidade para contemplarmos o Deus Santo, que assume o ritmo dos homens: é o Deus de Amor, que Se revela na história humana sem se impor. 

Quanta verdade, quanta revelação de Deus no cumprimento fiel dos deveres de cada dia! Quanta rotina santificada em gestos simples de pura obediência, por parte dos pastorinhos! 

Como vivo o que não foi estabelecido por mim ou em função de mim?

Sei respeitar os tempos e os momentos dos outros, que às vezes não são os meus?

1x Pai Nosso 

10x Avé Maria


5.º Mistério: Jesus no Templo, entre os doutores 

Do Evangelho de S. Lucas [2,43.48-49] 

Terminados os dias da festa, [Maria e José] regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. (…) Ao vê-lo, ficaram assombrados e Sua mãe disse-lhe: “Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” Ele respondeu-lhes: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?”. 

Na realidade previsível de José e de Maria, Deus revela-Se agora como o inesperado: a atitude de Jesus surpreende-os, deixa-os “assombrados”. Por fidelidade ao que vive e sente, Jesus assume que aquele é o momento de estar em casa do Pai. 

A cena de Jesus no Templo, entre os Doutores, é uma oportunidade para contemplarmos o Deus Santo, que irrompe na nossa vida e a transforma: é o Deus Forte, que unifica e totaliza a nossa existência e nos chama a pôr n’Ele só a nossa confiança. 

Quantas chamadas de Deus! Quantas oportunidades de encontro com a nossa própria verdade e os nossos desejos mais profundos! 

Como reajo ao Deus imprevisível, que não posso controlar? O que me unifica e totaliza por dentro?

1x Pai Nosso 

10x Avé Maria

Terminado a Recitação dos Mistérios, o narrador diz:

Vamos escutar agora a proclamação de alguns excertos das memórias da Serva de Deus, irmã Lúcia de Jesus. 

Escutamos a leitura de cada texto sentados, e depois colocamos-nos de pé para cantar Imaculado Coração de Maria, sois o nosso refúgio e o caminho para Deus. 

Aqui entoa-se um cântico. Após o cântico terminar, as pessoas destinadas dirigem-se ao Atril do lado direito e lêem:

O Anjo da Paz, o Anjo de Fátima, na segunda aparição, interpelou os pastorinhos dizendo:

"Que fazeis? Orai, orai muito, os corações santíssimos de Jesus e Maria, têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo, orações e sacrifícios"

Aqui entoa-se um cântico. Outra pessoa destinada continua:

Na Aparição de 13 de Junho, Nossa Senhora disse à Lúcia:

"Jesus quer servir-se de ti, para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no Mundo a devoção a meu Imaculado Coração" 

Depois disse: "E tu sofres muito? Não desanimes, eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus" 

Aqui entoa-se um cântico. Outra pessoa destinada continua:

A Irmã Lúcia dá o seguinte testemunho:

"Nossa Senhora, disse me que nunca me deixaria, e que o seu Imaculado Coração, seria o meu refúgio e o caminho que me conduziria a Deus"

Foi ao dizer estas palavras que abriu as mãos, fazendo nos penetrar no peito o reflexo que dela se expedia. 

Terminado os excertos, o Santo Padre dirige-se diante da Imagem de Fátima colocando-se de joelhos e diz:

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz. 

Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamonos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. 

Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor! Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrainos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais connosco e conduzisnos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história. Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. 

Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio. Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. 

Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna. Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica: Vós, estrela do mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra; Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação; Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus; Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão; Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear; Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar; Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade; Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo. 

O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada. 

Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. 

Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria. Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. 

Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo. 

Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «sois fonte viva de esperança». 

Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amen.

Aqui, o Santo Padre incensa a Imagem que está no nixo, colocando também uma flor branca em sinal da Paz. 

Rezam-se 3x Avé Maria

Rezemos esta primeira Ave-Maria para que não tenhamos medo de dizer sim com confiança. 

Ave-maria

Rezemos esta Ave-Maria para sejamos capazes de aceitar e cumprir com o que somos chamados. 

Ave-maria

Rezemos a última Ave-maria para dar força a todos aqueles que não são capazes de dizer sim para que Maria os guie. 

Ave-maria

Segue-se com a Salve Rainha:

Salve, Rainha, mãe de misericórdia, 

vida, doçura, esperança nossa, salve! 

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. 

A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. 

Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. 

E, depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. 

Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. 

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Amen. 

Após a consagração, forma-se procissão pelo recinto.