VIA SACRA JOVEM NAJORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Mariana - 03/12/2021
Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! (Mt 16,24)
Oração inicial: Senhor Jesus Cristo, vós com
tanto amor entrastes nesta via para morrerdes por mim; eu porém tantas vezes
vos desprezei! Agora, de toda a minha alma vos amo e, porque vos amo,
arrependo-me do fundo do coração de ter-vos ofendido. Perdoai-me e permiti que
vos acompanhe nesta via. Vós, por amor a mim, caminhais para o lugar em que por
mim haveis de morrer, e eu também, por amor a vós, desejo acompanhar-vos para
convosco morrer, amantíssimo Redentor. Ó meu Jesus, desejo convosco viver e
morrer!
Contemplemos
como Jesus Cristo, já flagelado e coroado de espinhos, foi por fim injustamente
condenado à morte por Pilatos.
Oração. — Ó Jesus adorável, não foi Pilatos,
mas minha vida iníqua que vos condenou à morte. Pelo mérito deste tão penoso
itinerário, no qual entrais rumo ao monte Calvário, peço-vos que benignamente
me acompanheis no caminho pelo qual minha alma se dirige à eternidade. Amo-vos,
ó Jesus, meu Amor, mais do que a mim mesmo, e do fundo do coração me arrependo
de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente me separe de vós. Dai-me
amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes. O que vos for agradável
também o será para mim.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
2.ª Estação — Jesus carrega a Cruz
Contemplemos como Jesus Cristo, levando a Cruz aos
ombros, lembrava-se no caminho de oferecer por nós ao Pai eterno a morte que
havia de sofrer.
Oração. — Ó amabilíssimo Jesus, abraço todas as
adversidades que, por vossa vontade, hei de tolerar até a morte e, pelo duro
sofrimento que suportastes carregando a Cruz, peço-vos que me deis forças para
que também eu possa carregar, com ânimo forte e paciente, minha própria cruz.
Amo-vos, ó Jesus, meu Amor, e arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais
que novamente me separe de ti. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que
quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
3.ª Estação — Jesus cai pela
Contemplemos a primeira queda de Jesus sob o peso da
Cruz. Tinha Ele a carne, por causa da cruenta flagelação, ferida de muitos
modos e a cabeça coroada de espinhos; derramara ainda tanto sangue, que mal
podia mover os pés por falta de forças. E porque era oprimido pelo grave peso
da Cruz e açulado sem clemência pelos soldados, por isso aconteceu-lhe de cair
muitas vezes por terra ao longo do caminho.
Oração. — Ó meu Jesus, não é o peso da Cruz, mas o
dos meus pecados que de tantas dores vos cobre. Rogo-vos, por esta vossa
primeira queda, que me protejais de toda queda em pecado. Amo-vos, ó Jesus, de
todo o meu coração; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não me permitais
novamente cair em pecado. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que
quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
4.ª Estação — Jesus se encontra com sua Mãe dolorosa
Contemplemos como deve ter sido o encontro, neste
caminho, do Filho e da Mãe. Jesus e Maria se olharam entre si, e os olhares
mudos que trocaram foram outras tantas setas a atravessar o coração amante de
ambos.
Oração. — Ó amantíssimo Jesus, pela dor acerba
que experimentastes neste encontro, tornai-me, eu vos peço, verdadeiramente
devoto de vossa Mãe santíssima. E vós, ó minha dolorosa Rainha, intercedei por
mim e alcançai-me uma tal memória dos suplícios de vosso Filho, que minha mente
esteja para sempre detida na piedosa contemplação deles. Amo-vos, ó Jesus, meu
Amor; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não me permitais novamente pecar contra
vós. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
5.ª Estação — O Cirineu ajuda Jesus a carregar a Cruz
Contemplemos como os judeus obrigaram Simão de Cirene a
carregar a Cruz atrás do Senhor, vendo Jesus quase expirar a cada passo devido
ao cansaço e temendo, por outra parte, que morresse no caminho aquele que
queriam ver pregado à Cruz.
Oração. — Ó dulcíssimo Jesus, não quero, como o
Cirineu, repudiar a Cruz. De bom grado a abraço e tomo sobre mim; abraço
especialmente a morte que para mim estabelecestes, com todas as dores que ela
trará consigo. Uno minha morte à vossa e, assim unida, ofereço-a a vós em
sacrifício. Vós morrestes por amor a mim; quero também eu morrer por amor a
vós, com a intenção de vos agradar. Vós, porém, ajudai-me com a vossa graça.
Amo-vos, ó Jesus, meu Amor, e arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais
que eu novamente vos ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que
quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
6.ª Estação — Verônica limpa com um sudário o rosto de
Jesus
Contemplemos como aquela santa mulher Verônica, vendo
Jesus abatido pelas dores, com o rosto banhado em suor e sangue, estendeu-lhe
um pano em que, purificada a face, Ele deixou impressa sua imagem.
Oração. — Ó meu Jesus, formosa era antes a vossa
face; mas agora não aparece assim, tão deformada está por feridas e sangue! Ai
de mim, como era formosa também minha alma, quando recebi a vossa graça pelo
Batismo: mas, pecando, tornei-a disforme. Vós somente, meu Redentor, lhe podeis
restituir a antiga beleza. Para que o façais, rogo-vos pelo mérito de vossa
Paixão. Amo-vos, ó Jesus, meu Amor; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não
permitais que eu novamente vos ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de
mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
7.ª Estação — Jesus cai pela segunda vez
Contemplemos a segunda queda de Jesus sob o peso da Cruz,
na qual se lhe aprofundam todas as chagas da venerável cabeça e de todo o corpo,
e se renovam todas as angústias do doloroso Senhor.
Oração. — Ó mansíssimo Jesus, quantas vezes me
concedestes o perdão! Eu, porém, recaí nos mesmos pecados e renovei minhas
ofensas contra vós. Pelo mérito desta vossa nova queda, ajudai-me a perseverar
em vossa graça até a morte. Fazei, em todas as tentações que avançarão contra
mim, que em vós sempre me refugie. Amo-vos de todo o meu coração, ó Jesus, meu
Amor; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente vos
ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
Contemplemos como estas mulheres, vendo Jesus morto de
cansaço e coberto de sangue, são tocadas de comiseração e choram copiosamente.
Mas, voltando-se a elas, Ele diz: “Não choreis por mim; antes, chorai por vós
mesmas e por vossos filhos”.
Oração. — Ó doloroso Jesus, choro os pecados que
cometi contra vós, não só pelas penas de que me fizeram digno, mas sobretudo
pela tristeza que vos causaram a vós, que tanto me amastes. Ao choro me move
menos o inferno que o amor a vós. Ó meu Jesus, amo-vos mais do que a mim mesmo;
arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente vos ofenda.
Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
9.ª Estação — Jesus cai pela terceira vez
Contemplemos a terceira queda de Cristo sob o peso da
Cruz. Caiu porque era demasiada a sua fraqueza e excessiva a crueldade dos
algozes, que lhe queriam acelerar a marcha, embora Ele mal pudesse dar um passo.
Oração. — Ó Jesus tão maltratado, pelo mérito desta
falta de forças que quisestes padecer no caminho do Calvário, confortai-me, eu
vos peço, com tanto vigor, que já não tenha respeito algum às opiniões dos
homens e domine minha natureza viciosa: porque ambas as coisas foram a causa
por que desprezei outrora a vossa amizade. Amo-vos, ó Jesus, meu Amor, de todo
o meu coração; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente
vos ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
10.ª Estação — Jesus é espoliado de suas vestes
Contemplemos com que violência arrancaram as vestes a
Cristo. Como o traje interior estivesse muito pegado à carne, aberta pelos
flagelos, os carnífices, ao puxarem-lha, rasgaram-lhe também a pele. Tenhamos
compaixão de Nosso Senhor e lhe falemos assim:
Oração. — Ó inocentíssimo Jesus, pelo mérito da dor
que padecestes nesta espoliação, ajudai-me, eu vos peço, a despir-me de todo
afeto às coisas criadas e, com toda a inclinação de minha vontade, converter-me
somente a vós, que sois tão digno do meu amor. Amo-vos de todo o meu coração;
arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente vos ofenda.
Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
11.ª Estação — Jesus é pregado à Cruz
Contemplemos como Jesus é arremessado sobre a Cruz e, de
braços estendidos, oferece sua vida ao Pai eterno em sacrifício pela nossa
salvação. Os carnífices o pregam à Cruz e, depois de erguerem esta, deixam-no
levantado num infame patíbulo, abandonado a uma morte cruel.
Oração. — Ó Jesus tão desprezado, pregai meu
coração aos vossos pés, para que, com vínculo de amor, eu permaneça sempre a
vós ligado e jamais seja de vós separado. Amo-vos mais do que a mim mesmo,
arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente vos ofenda.
Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
12.ª Estação — Jesus morre na Cruz
Contemplemos Jesus preso à nossa Cruz. Após três horas
de luta, consumido enfim pelas dores, Ele deu o corpo à morte e, de cabeça
inclinada, entregou o espírito.
Oração. — Ó Jesus morto, movido por íntimos afetos
de piedade, beijo esta Cruz em que vós, por minha causa, cumpristes o curso de
vossa vida. Pelos pecados cometidos, mereci uma morte infeliz; mas vossa morte
é minha esperança. Pelos méritos de vossa morte, concedei-me, peço-vos, que,
abraçado aos vossos pés e abrasado de amor por vós, eu entregue um dia meu
espírito. Amo-vos de todo o meu coração; arrependo-me de ter-vos ofendido. Não
permitais que eu novamente vos ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de
mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
13.ª Estação — Jesus é descido da Cruz
Contemplemos como dois dos discípulos de Jesus, José e
Nicodemos, o tiram exânime da Cruz e o colocam nos braços de sua Mãe dolorosa,
que recebe o Filho morto com grande amor e o abraça ternamente.
Oração. — Ó Mãe das Dores, pelo amor com que amais o
vosso Filho, recebei-me como servo vosso e rogai a Ele por mim. E vós, ó meu
Redentor, porque por mim morrestes, fazei, benignamente, com que eu vos ame; a
vós somente desejo nem quero nada fora de vós. Amo-vos, ó Jesus, meu Amor, e
arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais que eu novamente vos ofenda.
Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
14.ª Estação — Jesus é sepultado
Contemplemos como os discípulos levam Jesus exânime ao
lugar da sepultura. Triste, a Mãe os acompanha e com as próprias mãos acomoda o
corpo do Filho à sepultura. Fecha-se este, enfim, e todos vão-se embora.
Oração. — Ó Jesus sepultado, beijo esta pedra
que vos acolheu; mas, após três dias, haveis de ressurgir! Por vossa
ressurreição, fazei-me, eu vos peço, ressurgir glorioso convosco no último dia
e ir para o Céu, onde, unido a vós para sempre, vos hei de louvar e amar por
toda a eternidade. Amo-vos e arrependo-me de ter-vos ofendido. Não permitais
que eu novamente vos ofenda. Dai-me amor perpétuo a vós e fazei de mim o que
quiserdes.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.
Oração final a Jesus crucificado. — Eis-me aqui,
ó meu bom e dulcíssimo Jesus! Humildemente prostrado de joelhos em vossa
presença, peço e suplico-vos, com todo o fervor de minha alma, que vos digneis
gravar em meu coração os mais vivos sentimentos de fé, esperança e caridade, de
verdadeiro arrependimento de meus pecados, e um firme propósito de emendar-me,
enquanto vou considerando, com vivo afeto e dor, as vossas cinco chagas, tendo
presentes as palavras que já o profeta Davi punha em vossa boca, ó bom Jesus:
“Transpassaram minhas mãos e os meus pés e contaram todos os meus ossos” (Sl 21,
17).
A Nossa Senhora das Dores. — Ó Mãe das Dores,
Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar,
alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de
vida. Mãe, pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de
tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu
vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos
pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da
terrível passagem desta vida à eternidade. E, como é possível que, neste
momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus,
rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora
extrema, e assim direi: Jesus e Maria, entrego-vos a minha alma. Amém.